domingo, 29 de novembro de 2009

Almejados dias

[...]Dias sadios virão. Varandas coloridas iluminadas por mentes em ebulição. O tudo. Quer você queira, quer não, pouco importa. Terá de vir. Não importa quem você seja ou em que acredita, não estão deixando você em paz. Nunca houve paz. A saída está na cara, mas o medo também. Beba um copo de cólera e suas forças surgirão. O sol nasce todo dia, manda embora a apatia. Se revolte. Quebre a TV da sua salinha, cuspa na sua visinha, dê um murro na cara do seu chefe. O som do nariz dele se partindo vai fazer você se sentir melhor, mais gente. Ria alto, desobedeça, raspe a cabeça. Está chovendo há séculos e os rios que correm são de sangue.Você pode fingir, pode dormir, pode adicionar mais um "miguxo" no Orkut, todo mundo é feliz lá. Mas não pode fugir, vivemos em cadeia. Por mais que você tente esquecer o lugar onde vive, as pessoas ao redor te lembrarão. E não adianta olhar pro céu, virar a cara pra não ver,já estamos numa cruz e só porque o otário do Jesus sofreu, não quer dizer que temos que sofrer. Deixar pra lá, fazer oferenda pra Oxalá, isso de nada vai adiantar.Venha! Nos dias sadios haverão flores. Antes é preciso sangrar podando os espinhos. Não espere a sorte. Venha, recarregue suas armas, traga seus amigos, venha como você era, como você é, como você quer ser. Venha, porque o que vem é perfeição.

Um comentário:

  1. Esse texto é uma espécie de paródia, releitura (algo assim) que fiz baseado num texto da escritora Állex Leilla (Profª Drª da UFBA).

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